Aconteceu na Ilha do Príncipe, em São Tomé e Príncipe/Continente Africano, entre 17 e 20 de julho de 2017, o IV Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa. O objetivo geral do Congresso foi contribuir para a formulação de políticas públicas que propiciem o fortalecimento da educação ambiental nos países Lusófonos e Galícia, ampliando articulações e parcerias.
Estiveram presentes cerca de 300 participantes, representantes dos países, a saber: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e da Comunidade Autônoma da Galícia.
O Brasil contou com uma delegação de 17 pessoas, provenientes dos estados de AM, BA, DF, MG, PR, RJ, RS e SP, representando o poder público, setor privado, movimentos sociais, instituições de educação superior e outras.
A participação dos brasileiros se deu nos seguintes tópicos da programação:
- Painel de abertura: Biodiversidade e Educação Ambiental
Palestrantes: Renata Maranhão (Brasil); Carlos Vales (Galícia); Alfredo Simão Silva (Guiné-Bissau); Helena Freitas (Portugal); Antônio Abreu (São Tomé e Príncipe); Clara Justino (CPLP)
- Mesa Redonda: Estratégias Nacionais de Educação Ambiental em Unidades de Conservação
Palestrantes: Renata Maranhão (Brasil); Maria Henriqueta Andrade Raymundo (Brasil); Carlos Vales (Galícia)
- Mesa Redonda: Monitorização, Avaliação e Indicadores de Políticas Públicas de Educação Ambiental dos Países de Língua Portuguesa – Propostas para uma Estratégia de Educação Ambiental na CPLP
Palestrantes: Marcos Sorrentino (Brasil); Maria Henriqueta Raymundo (Brasil); Pablo Meira (Galícia); Luísa Schmidt (Portugal)
- Mesa Redonda: Conflitos Territoriais: Um Estudo de Caso Voltado a Compreensão dos Desafios de Uma Educação Agroecológica
Palestrantes: Marcos Sorrentino; Edi Carlos da Silva; João Dagoberto dos Santos (Brasil)
- Painel: Direitos Humanos e Educação Ambiental
Palestrantes: Aidil Borges (Cabo Verde) Ernestina Menezes (São Tomé e Príncipe) Lucia Iglésias da Cunha (Galícia); Marcos Sorrentino (Brasil) Joana Bernardo (Angola) Rosália Pedro (Moçambique)
- Painel: Políticas Públicas De Educação Ambiental
Palestrantes: Renata Maranhão (Brasil); Luisa Schmidt (Portugal); Adriana Mendonça (Cabo Verde); Arlindo de Carvalho (São Tomé e Príncipe); Eulália Alexandre (Portugal); Humberta Paixão (Angola)
- Conferência: A Dimensão Política, Social e Educativa das Alterações Climáticas em São Tomé e Príncipe, no Contexto dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento
Palestrantes: Marilia Torales (Brasil); Edgar Gonzales (México); Adérito Santana (São Tomé e Príncipe).
Além disso, os brasileiros e brasileiras apresentaram os seguintes trabalhos em comunicações orais e oficinas:
- Educação Ambiental e Políticas de Responsabilidade Ambiental das Empresas (Silvana Vitorassi)
- Ouvidoria Ambiental – eu sou um eco cidadão (Júlio Assis Correa Pinheiro)
- Educação Ambiental: um instrumento à transição para a sustentabilidade na Bacia Hidrográfica do rio Ijuí. (Francesca Werner Ferreira)
- A mudança climática global na perspectiva dos professores de ciências naturais. (Marília Torales)
- Educação Ambiental: a experiência do Centro de Educação Ambiental Genesis. (Lourdes Argueta Brasil)
- Olhar para cima: como sensibilizar gestores públicos para a conservação da biodiversidade. (Luiz Roberto Mayr)
- Ensino e aprendizagem no ensino superior: Contribuições de disciplinas de Educação Ambiental na Universidade de São Paulo. (Marcos Sorrentino, Vivian Battaini e Rachel Trovarelli)
- Arte ambiental e a escola: possibilidarte ambiental e escola: possibilidades e estratégias de intervenção. (Welington Dias)
- Construção coletiva de uma matriz de indicadores de Educação Ambiental. (Marilia Torales)
- Por uma crítica contemporânea a educação ambiental: justiça ambiental e o caso das comunidades quilombolas de Oriximaná/PA. (Jacqueline Eichenberger)
- Diagnóstico fotográfico como resposta às fragilidades do manguezal localizado em uma comunidade da Baia de Todos os Santos, Bahia, Brasil. (Márcia Nascimento)
- Oficina Cor da Terra. (Wellington Dias)
- Ritual de dança e gastronomia como viés de educação ambiental numa comunidade tradicional do município de São Francisco do Conde-Bahia-Brasil (Angélica Santos da Paixão)
DELEGAÇÃO BRASILEIRA NO IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DOS PAÍSES E COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA
- Angélica Santos da Paixão (Universidade Católica do Salvador; Prefeitura Municipal de São Francisco do Conde/Secretaria de Educação)
- Edi Carlos da Silva (MST-Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)
- Francesca Werner Ferreira (Associação Ijuiense de Proteção ao Ambiente Natural-AIPAN e Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul-UNIJUI)
- Jacqueline Eichenberger (Universidade Federal de Rio Grande – FURG)
- João Dagoberto dos Santos (ESALQ/USP)
- Júlio Assis Correa Pinheiro (Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas)
- Lourdes Argueta (Centro de Educação Ambiental Genesis)
- Luiz Roberto Mayr (INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia)
- Márcia Nascimento (UCSAL- Universidade Católica do Salvador)
- Marcos Sorrentino (Oca – Laboratório de Educação e Política Ambiental da ESALQ/USP)
- Maria Henriqueta Andrade Raymundo (ANPPEA – Articulação Nacional de Políticas Públicas de Educação Ambiental. Fundo Brasileiro de Educação Ambiental – FunBEA e Oca – Laboratório de Educação e Política Ambiental da ESALQ/USP)
- Marilia Andrade Torales (Universidade Federal do Paraná – UFPR)
- Renata Maranhão (Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente)
- Silvana Vitorassi (ITAIPU-Binacional)
- Simone Portugal (Oca – Laboratório de Educação e Política Ambiental da ESALQ/USP)
- Vivian Battaini (Oca – Laboratório de Educação e Política Ambiental da ESALQ/USP)
- Wellington Dias (Universidade Federal de Minas Gerais)
O IV Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa foi uma oportunidade de aproximação de seus países membros, em especial, a fim de identificar convergências e estratégias para fortalecimento da educação ambiental respeitando as diversidades e peculiaridades de cada território.
Os encontros possibilitaram conhecer as realidades locais dos países, em especial as apresentações orais e os diálogos informais, e promoveram a reflexão sobre as atuações de cada país.
No Príncipe, a organização de saídas de campo, como trilhas e visitas às comunidades locais, foi imprescindível para vivenciar e conhecer realidade tão distinta e particular. Destaca-se a dedicação da comunidade para receber o Congresso e o grande número de crianças, alegrando e colorindo a paisagem.
As vivências provocaram muitas reflexões que ainda precisam ser amadurecidas, porém, um resultado significativo foi a articulação dos países em torno da promoção de uma formação de formadores, no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Para encerrar o IV Congresso, Guiné-Bissau foi eleita país organizador do V Congresso de Educação Ambiental dos Países da Comunidade de Língua Portuguesa (CPLP), a realizar em 2019.