Sobre

3 de julho de 2019

Oca é o nome pelo qual é conhecido o Laboratório de Educação e Política Ambiental. Trata-se de um espaço público destinado a realização de processos educacionais  participativos de ensino, gestão, pesquisa e extensão voltados a fomentar relacionados a proteção, recuperação e melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida e ao aprimoramento humano em todas as suas dimensões.

Está situada no Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, campus da USP em Piracicaba (ESALQ/USP) e vem sendo construída, desde o final dos anos 1980, por estudantes, professores e funcionários da USP e de pessoas e instituições que a ela se associaram ao longo da sua história.

Com uma equipe integrada e interdisciplinar, a Oca atua junto aos mais diversos setores da sociedade (órgãos públicos, ONGs, empresas privadas, prefeituras, associações, escolas, instituições de ensino etc.). Desenvolve pesquisas e intervenções educadoras por meio de projetos e atividades, tais como: programas de Educação Ambiental, diagnósticos participativos, cursos de capacitação e de especialização, palestras, oficinas, elaboração de materiais didáticos e propostas de centros de educação
ambiental.

Assim, a  Oca reforça seu compromisso com a sociedade como um todo, configurando-se em um espaço público dinâmico e aberto às diversas demandas e aspirações, assumindo o papel de fomentar e impulsionar a construção de sociedades sustentáveis.

 

Histórico

A Oca não é resultado apenas de sua fundação formal, que aconteceu aproximadamente no ano de 1992. Foi o desaguar natural das reivindicações estudantis da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), especialmente dos estudantes do curso de Engenharia Florestal, que exigiam a contratação de docentes para as áreas social e ambiental.

A este processo soma-se todo o movimento de redemocratização do País, desde meados dos anos de 1980, com a sociedade brasileira empenhada na conquista de direitos humanos fundamentais e de uma cultura de procedimentos democráticos. Soma-se também a presença de um movimento ambientalista e de organizações não governamentais, que saíam da marginalidade dos anos de 1970 e ganhavam espaços, especialmente com a definição de realização da Conferência das Nações Unidas no Brasil (que viria a chamar-se Rio92). Acontecimentos que aproximavam atores de oposição ao status quo e criavam movimentos de resistência e conquista de maiores espaços institucionais.

A seguir destacam-se algumas atividades que são consideradas marcos importantes na criação e desenvolvimento do Laboratório:

1985 – Estudantes do grupo Metamorfose reivindicam a institucionalização da EA dentro da Esalq. Semana de reflexão do Departamento de Ciências Florestais: necessidade de mais atenção ao campo ambiental. Contratação de docentes que possam trazer a questão ambiental para a sala de aula.

1988/1992 – Contratação pela Esalq/USP de um docente para criar a área de EA. Apoio a grupos/projetos de extensão em Conceição do Araguaia, no Pará e em Pedro II, no Piauí, dentre outros. Participação junto a entidades ambientalistas e redes de educação popular e ecologia (em especial a Repec/CEAAL). Pesquisa e atividades de extensão em apoio ao delineamento do Programa de Formação de Jovens em Agrofloresta na região Peri urbana da Grande São Paulo. Participação ativa na criação do Tratado de EA para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global e da REPEA e REBEA. Apoio à criação do USP Recicla, dos Fóruns Brasileiros de EA e a outras atividades de EA promovidas pela CECAE/USP.

1992 – Criação formal da Oca – Laboratório de Educação e Política Ambiental junto ao Projeto Saci.

1995 – Início das orientações de PG (mestrado) junto à Oca. Criação do NACESALQ.

1995/1996 – Curso de especialização sobre Arte e EA e aprovação do Projeto Oca Demonstrativa junto ao Unibanco Ecologia.

2000/2001 – Curso de especialização e Encontro de EA para Sociedades Sustentáveis. 1º Ciclo de Cursos de Extensão. Criação do PTECA.

2001/2002 – Projeto Oca Criança e Biota. Criação da RUPEA. Projeto Pisca e NACE PTECA.

2003/2008 – Rede CEA. Parcerias com o MMA.

2009 – Grupoca e escrita de texto coletivo: “Comunidade, identidade, diálogo, potência de ação e felicidade: fundamentos para educação ambiental”.

2010 – Inauguração pós-reforma da estrutura física do Laboratório.

2011 – Início do Projeto Assentamentos Agroecológicos. Criação do FunBEA.

2012 – Escolas Sustentáveis. Grupo de Estudos. Publicação do texto coletivo “Comunidade, identidade, diálogo, potência de ação e felicidade: fundamentos para educação ambiental”, com organização e lançamento do livro “Educação Ambiental e Políticas Públicas: conceitos, fundamentos e vivências. Marcos Sorrentino (org.). Curitiba: Editora Appris, 2012. Curso em Americana (Política Municipal de EA).

2013 – Plano de Manejo do PETAR. Projeto Caximba. Pesquisa em Ambientalização Universitária.

2014 – Simpósio de Políticas Públicas de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis (SPPEA). Criação da ANPPEA.

2015/2016 – Ciclo de Diálogos Ecossocialismo ou Barbárie. Imersão de Planejamento. Curso sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC). Construção participativa do PPP.

2016 – Escrita de artigo coletivo “O ‘método Oca’ de educação ambiental: fundamentos e estrutura incremental”. Publicado em Ambiente e Educação. Revista de Educação Ambiental. Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental. Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Planejamento e desenvolvimento do Curso de Especialização em “Educação Ambiental e Transição para Sociedades Sustentáveis”, com duração de dois anos.