Jura Esalq

3 de fevereiro de 2020

Criada durante o 2º Encontro Nacional dos Professores Universitários, realizado em 2013, a Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA) ocorre entre os meses de abril e maio em diversas Universidades Federais, Estaduais, Particulares e Institutos de ensino por todo o país.
O período foi definido para dialogar com o dia 17 de abril, no qual o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) denuncia a impunidade do massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido nessa mesma data, em 1996, resultando na morte de 19 trabalhadores Sem Terra. A JURA também busca visibilizar as ações de luta pela terra que o MST realiza durante o ‘Abril Vermelho’, relacionando sempre com temas da conjuntura atual.

A Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária é uma articulação do MST, mas que envolve outras organizações do campo, movimentos sociais urbanos, universidades, além dos núcleos políticos dentro das universidades, como o movimento estudantil, entre outros. Não se trata de um evento, mas de um espaço de articulação muito importante do ponto de vista organizativo e que tem resultados durante todo o ano.

As atividades da JURA são diversas. Elas vão desde debates organizados nas universidades, até processos de vivência, ou seja, a visita de jovens universitários em áreas de assentamentos e acampamentos. Também são realizadas feiras da Reforma Agrária nas universidades, para as quais os produtores e produtoras levam seus produtos. São alimentos saudáveis, artesanatos, livros… Essas feiras são muito diversas e reúnem atividades culturais que valorizam os saberes da terra, os cantadores, as cantadoras, os poetas, os que lutam na defesa da Reforma Agrária Popular. Em algumas universidades são montados barracos de lona preta, que reproduzem a marca principal do acampamento, da luta, e que também servem para denunciar que temos hoje cerca de 120 mil famílias acampadas pelo Brasil afora, algumas há mais de 15 anos. É também uma maneira de denunciar que a Reforma Agrária ainda não foi feita no nosso país, e por isso é tão importante continuar lutando para fazer justiça social no campo brasileiro. (texto retirado de mst.org.br)

Saiba mais no site: juraesalq.wordpress.com